Ancilostomose ou Amarelão

Nematelmintos Ancylostoma duodenale e Necator americanus.

Ambos seguem um ciclo fecal-cutâneo, isto é, a infecção ocorre quando um indivíduo mantém a pele de mãos ou pés em contato com solo contaminado por matéria fecal. Os ovos eliminados com as fezes desenvolvem larvas livres no próprio solo úmido. Essa larva sobrevive até um ano.

Após a penetração das larvas através da pele, esses vermes seguem no corpo humano um caminho igual ao Ascaris: através da corrente sanguínea, as larvas instalem-se nos alvéolos pulmonares durante alguns meses, sofrem mudas para crescer, abandonam os pulmões, subindo pelas vias respiratórias até a faringe, são deglutidas, atingem o intestino, onde finalmente se instalam como adultos.

A migração das larvas em grande quantidade pela árvore respiratória pode provocar sintomas de bronquite ou pneumonia. Na fase pulmonar podem ser eliminadas no escarro ou deglutidas com secreções. Na fase intestinal, fixam-se pela boca às vilosidades, provocando lesões da mucosa, causando pequenas hemorragias. Essas lesões intestinais produzem aumento do peristaltismo, diarréias, dores abdominais, perda de apetite, náuseas e vômitos.

Os sintomas variam de acordo com o número de parasitas. Além dos problemas respiratórios e intestinais, pode-se verificar ferropriva (perda de ferro no organismo). Nesse caso, a pessoa torna-se pálida, têm dores de cabeça e musculares, as crianças apresentam déficit de peso e estatura, baixo rendimento escolar e atraso no desenvolvimento psíquico.

O parasito pode ser detectado por exame de fezes e o tratamento dos pacientes deve ser suplementado por medicamentos para a reposição de ferro. O amarelão não chega a causar a morte, mas constitui sério problema de saúde pública em países mais pobres.

Educação sanitária, evitar o contato das mãos e pés com solo apropriado ao desenvolvimento das larvas são medidas profiláticas para combater a ascaridíase.